quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Redes Sociais, Google e as Ditaduras no Mundo Árabe

Ditadores ainda existem. Eles querem permanecer no poder sem dar a mínima ao que o povo tem a dizer. Algo totalmente impossível na época em que as mídias sociais são cada vez mais utilizadas como meio de troca de informação.

Eles, os ditadores, não enxergam que não conseguirão barrar tal fluxo de informação atual. Podem até tentar se manter no poder mas não poderão controlar o que seus cidadãos opinam sobre o governo. Mesmo que seja proibido usar a internet no país, lá de fora terá gente que se compadecerá das situações fora dos direitos humanos.

O atual presidente da Líbia Muammar Khadafi diz que haverá guerra; suportará até a sua última gota de sangue - como se o povo fosse o grande inimigo. Para ser mais irônico, o ditador da Líbia conferiu que morreria como um mártir se fosse preciso para se manter no poder.

O ditador do Egito, Hosni Mubarak, teve que renunciar, mesmo depois de governar por 30 anos.

O mundo árabe está em polvorosa. Algumas coisas ajudam isso a acontecer:
- parte da população jovem está sem emprego.
- contato com o ideal de democracia do Ocidente
- mídias sociais na internet permitem a troca de informação instantânea: permitindo manifestações coordenadas.
- Mecanismo de busca Google favorece encontrar qualquer tipo de informação na Web: inclusive o ideário da democracia e exemplos de governos que não são mais ditaduras.

***

Os ditadores culpam as redes sociais dentre elas o Facebook e o Twitter, e também o mecanismo de busca Google, pela quebra do status quo. Muitos dizem que não é a causa, mas com certeza as novas mídias estão sendo culpadas assim como a Tv e o Rádio foram em proporções devidas em suas épocas.

Nessa os ditadores querem proibir que os cidadãos tenham contato com as mídias da internet. Na Líbia, a internet foi proibida, mas de nada adianta. Só um tweet de um jornalista que visita o país, tira uma foto, leva pra fora, e tuíta de fora, já faz toda a diferença.

Esse é o motivo de demonizarem o Google por lá, encerrarem conexões e vasculharem conversas e perfis no Twitter e Facebook. A China já está preocupada, a Rússia já declarou que o Google é o culpado por tudo isso no mundo árabe. Sim, os países ditatoriais, não só os árabes estão conspirando contra as novas mídias e contra também o mecanismo de busca mais famoso no mundo.

Os Estados Unidos, um país considerado democrático, também pensa em reter a informação pela web como no caso do wikileaks.

Essas novas mídias realmente não são a "uni-causa" de tão grande turbulência. Elas apenas dão velocidade às informações, como a TV e Rádio já fizeram em outros tempos, claro, com suas devidas proporções. Na internet, a reflexão é um pouco diferente: a informação é via de mão dupla, o cidadão ouve como na TV e Rádio mas também expressa, e pode dar sua opinião.

2 comentários:

Valdir Luciano disse...

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É.. Falamos tanto da China, das ditaduras por aí afora mas ganhamos o posto de país que mais pediu judicialmente para retirar termos na busca do google... Estou chegando a conclusão de que democracia plena não existe.. Assim como o comunismo real também nunca existiu, e nem vai.
Espero que o povo árabe consiga derrubar seus ditadores, e no lugar deles venha um governo melhor. Porque também não adianta trocar seis por meia dúzia.

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