quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Violência na Grande São Paulo nesse começo de 2011

Desculpe, vou entrar no senso comum. Violência não é uma coisa nova. Não é de agora que uma agressão acontece. O que me assusta é que esse tema recorrente nunca vai parar de ser realidade em nosso mundo.

Me sensibilizo mais ainda desde que comecei a morar em São Paulo. Foi aqui que comecei a sentir o ser humano como um ser mais psicopata.

Em São Paulo existem grandes fluxos de pessoas como a Região da Paulista aonde passam mais de 1 milhão e 500 mil pessoas por dia. Você chega até a enjoar se ver tantas pessoas desconhecidas. Esse sentimento deve fazer muito mal ao ser humano; isso não é natural. A maioria em massa são seus desconhecidos, quem será que já te conhece de rosto mas você não conhece? Nunca se sabe.

Sai de foco mas o que queria juntar ao assunto é que esse anonimato também faz muito mal. Agressões acontecem e há quem pense que isso vai passar despercebido. Câmaras filmam mas e até identificar quem foi os agressores que usam capacetes para assaltar um joelheria no Shopping Morombi, por exemplo.

Moro perto da Paulista e acontece sempre brigas nos finais de semana em frente do meu prédio e que me acordam. As agressões mais chocantes desse ano perto de casa foram de 2 tentativas de ataque a homossexuais(um alemão levou uma garrafada de um skinhead e outro, em tempo anterior, levou uma socada inglesa de um homem coincidentemente careca e que não foi identificado pelo jeito. Perto do meu prédio escreveram "Homofobia Não - PLL 122" na parede em protesto às agressões (Em Janeiro, um outro tinha levado uma lamparada na cabeça). Não demorou muito para ver as letras do jarguão alteradas na parede como "Homofobia Sim".

Um outro caso de agressão é de um homem, possivelmente vindo da zona de Meretrício da Augusta. Praticamente perdeu sua perna em frente do meu prédio(sim, ele torceu a perna de tal maneira que deve tê-la perdido). O homem ficou jogado lá por um bom tempo até chegar o resgate (relatos de quem estava no prédio no horário do acidente). O pé ficou pendurado pela perna, tendões se distorceram quando grandes trogloditas começam a bater no sujeito - relatos por cima e que ninguém consegue identificar quem foram. Até quando a sociedade se acomodará com agressões contra cidadãos sendo eles do meretrício, gays, normais, emos, etc?

Nunca fiquei tão sensível à questão da violência urbana desde que vim morar em São Paulo. A Av. Paulista, a Rua Augusta e Frei Caneca são lugares de grande agitação. Não sei até que ponto posso considerar esse fato. O fato é que todo fim de semana alguma briga na rua me acorda.

Hoje fiquei sabendo de um fato meio isolado daqui - foi em Guarulhos. O dono de uma escola de música morreu porque advertiu pessoas a não pichar o muro do seu estabelecimento. Foi morto a facadas.

Triste!

Um comentário:

Unknown disse...

Ué, mas o dono da escola de música não tinha recebido alta? Não entendi..
Por incrível que pareça, não me sinto insegura em São Paulo... Mesmo com tudo isso acontecendo.. Existem capitais mil vezes mais violentas do que aqui, mas não sai na mídia... Acho que muito disso é sensacionalismo, muita gente ganha dinheiro em cima de notícias violentas, vide Datena e compania.
O maior problema da violência no Brasil se chama impunidade. O caso dos agredidos na Paulista com a lâmpada foi visível. Ainda mais que os agressores eram menores. Nossas leis são fracas, nosso sistema penal é ridículo. Pra você ter idéia, ano passado, em Curitiba, a irmã de uma amiga foi assassinada pelo marido na frente dos dois filhos um menino de 5 e uma menina de 7 se não me engano. Ele a matou, foi embora, e deixou os filhos lá, juntos da mãe morta sangrando. Pergunta se ele está preso... Que nada.. Mesmo com todas as provas contra ele, continua solto e trabalhando numa boa.. Enquanto nossas leis forem ridículas, enquanto esse ECA estiver valendo mais como regalias para menores infratores, enquanto nosso sistema prisonal for esse lixo que é.. Tanto a violência urbana, quanto a doméstica continuará assolando nossa sociedade.
Acho que escrevi demais... :P
Bjs

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