quinta-feira, 20 de junho de 2019

Resumo do livro “A morte e a morte de Quincas Berro D’água” do Jorge Amado

O livro que leva o título acima é a história de Joaquim que depois dos 50 anos se torna dado à vida boêmia, e fica amigo dos vagabundos e prostitutas da capital bahiana. Em seu enterro, a família do morto se sente mais aliviada do que sensibilizada pela morte do sujeito. Os amigos do morto (que para eles recebera a alculha de Quincas Berro D’água desde que este bebeu uma birita apimentada e pediu água, o visitam e acabam por levá-lo (o corpo do morto) para passear em comemoração do seu aniversário. Quincas Berro D´agua anda por Salvador, em companhia de seus amigos e acaba num saveiro morrendo ao pular ao mar… uma morte simbólica que pode ser representada como a terceira morte de Quincas. Existe um artigo acadêmico feito por um Éverton de Jesus Santos, graduando do curso de Letras da Universidade Federal de Sergipe, que discorre sobre a ironia nesse conto do Jorge Amado. Para ele, Quincas não apenas se torna um grande ironista da trama que o sobrevêm como também acaba sendo o campeão das mortes, posto que elas chegam a um total de três. A primeira se dá quando Quincas sai de casa e há praticamente uma morte moral com relação a sua socialidade com a família. A segunda se apresenta como a a morte real. E a terceira é quando Quincas se joga ao mar. A ironia no livro serve tanto para revelar quanto para criticar certos comportamentos sociais da família do morto, a fim de que percebamos também o quanto existe de hipocrisia e de insensibilidade humana calcadas em vãs hierarquias sociais.

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